quarta-feira, 13 de março de 2013

Soro da verdade

Autoexaminação é uma droga!
Não que eu esteja desprezando o valor filosófico da autoavaliação, isso nunca! Só acho que ela traz algumas coisas ruins consigo, afinal, há coisas que queremos, ou melhor, PRECISAMOS esconder do mundo e de nós mesmos. Certas verdades que apesar de serem completamente verdadeiras (com o perdão do pleonasmo) precisam ser cobertas e encobertas. Ninguém gosta de saber por exemplo que a sua vida agora não era exatamente aquilo que planejava, nem de saber que aquilo que tem hoje não era exatamente o que queria ou pior que aquilo que possui no momento na verdade não é seu, pois não é digno disso, não o merece. É por isso que escondemos a verdade, para que ela não irradie sua sinceridade por toda a parte quando for atingida pela luz. E se você é como eu que odeia rever ou descobrir verdades sobre si mesmo, trate de afastar-se dessa tal de AUTOAVALIAÇÃO!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Feliz Natal


Finalmente chegou!
Desejo um Feliz Natal para todos, que a sua ceia esteja farta, não só de comida, mas também de piadinhas sem-graça dos seus tios, tipo aquela do pavê sabe?
Feliz Natal, um ótimo Ano Novo!

domingo, 21 de outubro de 2012

Preito ao Nono

Acordei cedo, vi rostos tristes na sala, percebi que havia algo acontecendo. E tinha razão.
Fui vê-lo no quarto e quando entrei o abracei e conversei com meu avô por pelo menos 5 minutos. Depois disso, gritei, balançando o braço, um caloroso "Adeus!". Só não sabia que seria para sempre.
Quando ele voltou já não parecia o mesmo, seus olhos estavam fixos no horizontes, como se já quase pudesse enxergar a tal da "luz", seu corpo estava flácido e mole pois já não tinha mais energia o suficiente para se manter de pé, sua cabeça estava repousada no colo da minha tia que, ao som de um ventilador mal consertado, afagava sua cabeça. Aquela cena tocou o meu coração como nenhuma outra nunca tinha tocado, e eu fiquei ali, abraçado à minha tia chorando e vendo uma pessoa que tanto bem fez desfalecer lentamente. Pensei que se gritasse ou segurasse firme a sua mão dizendo: "Não! Por favor não vá! A gente ainda precisa de você! Bom, pelo menos... EU ainda preciso de você!" ele ficaria, porém sabia que estava errado, já não dependia mas de mim ou dele a decisão de ficar ou ir, essa decisão já fora tomada a muito tempo atrás, mesmo que inconscientemente.
Quando ele partiu e foi levado para "o paletó de madeira" não me restou mais nada a fazer a não ser reviver as boas lembranças que esse velhinho deixou na minha vida...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Meu dia com as ex (cunhada e namorada)

Eu fui à um show. Mas não era qualquer show não, era o show do Thalles Roberto! Na verdade acho que eu esperei por esse show mais que todos os outros, afinal fui o único que ficou riscando as folhinhas do calendário até o dia do em que o evento aconteceria. Um erro fatal. Para terem idéia do que está por vir, eu posso até dizer: Maldita a hora em que eu disse "vou a um show do Thalles". Além do lugar estar abarrotado de gente, muitos favelados se apertando no mesmo lugar, o Thalles estava marcado para cantar apenas 10 da noite, fato esse que não nos foi passado, o que nos fez chegar por volta das 7 horas da noite.
 Além da espera incansável, ainda tinha o calor infernal que era produzido na respiração daquele povo todo, o que levou muita gente à desmaiar e também a fingir que estava desmaiado.
Para completar a trinca de coisas boas que me aconteciam quem eu encontro e que fica bem do meu ladinho? Minha ex-cunhada e minha ex-namorada. O dia não podia ficar melhor! Mas aí, quando a gente pensa que não pode piorar, piora mais ainda.
Acontece que a menina que veio comigo me deixou sozinho lá e como os celulares estavam sem sinal e minha bateria havia (convenientemente) acabado, foi impossível se comunicar comigo para avisar. A consequencia dessa ação foi eu ter que passar o show inteiro colado com minhas 2 ex (namorada e cunhada).
No fim do show percebemos que estávamos 100% na merda por que o resto do grupo que nos levaria para casa, tinha se perdido naquela multidão. E lá estavamos nós, adolescentes perdidos em plena baixada às 1 da matina.Até que finalmente conseguimos encontrar parte do grupo, o que já foi um alívio! Mas aí bateu o outro desespero pois descobrimos que o "responsável" (que ironicamente teve atitudes mais que irresponsáveis) que iria nos levar pra casa de carro, tinha deixado a gente no show e ido embora para casa.
Para a nossa sorte o pai de um dos meus amigos estranhou por ele ainda não ter voltado mesmo depois de tanto tempo do show ter acabado, e foi lá ver o que havia acontecido. Ele foi a nossa salvação, explicamos tudo o que havia acontecido ele levou cada um em sua casa (diga-se de passagem já eram 2 da manhã) e tudo acabou bem...... até o dia seguinte, quando todos nós levamos uma bronca com direito a gritaria, castigo e tudo mais..... pois é tenho que admitir que dessa vez a gente mereceu.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A arte de distorcer e ser hipócrita

Existem pessoas que vivem para fazer as outras rirem, outra só o fazem para chamar atenção, mas há o tipo mais comum de pessoa: aquela que faz os outros rirem sem nem perceber e sem ter a intenção de fazer isso.
Estava eu perambulando por essa terra de ninguém que é a internet, quando uma colega minha puxou conversa comigo pelo bate-papo do Facebook. Conversamos por algumas horas até que a conversa chegou em um ponto que pareceu delicado para ela: Relacionamentos Amorosos. Foi nesse ponto em que ela desabou a derramar lágrimas virtuais sobre mim, chorando as pitangas por um carinha que,  diga-se de passagem, é casado. Eu como um bom amigo a aconselhei: "Esquece esse cara, ele é casado, tem família, isso vai dar merda!" e ela como uma boa apaixonada me xingou de todos os palavrões e disse que eu estava errado por que o fulaninho era 'o amor da vida dela', eu como um pseudo-educado aceitei a opinião dela e não falei mas nada, digo 'pseudo' por que na verdade não estava querendo ser educado, queria dar corda para ela se enrolar para depois, quando essa história virasse uma merda só, debochar bastante da cara dela. Bem, passado alguns dias essa colega posta a seguinte frase: 'Muito triste )':  nenhum homem presta!'. Naquela hora o meu dedo coçou pra comentar, mas eu respirei fundo e tentei ignorar, mas que aquilo me deixou muito revoltado, isso deixou... Quer dizer que para ela nenhum homem presta, mas ela que estava correndo atrás de homem casado presta pra caramba! É a rainha da ética né?!
 Depois disso,  a menina postou: 'Coração partido! Essa é a pior dor que existe <///////3'. Novamente meu dedo coçou, eu estava cheio de vontade de comentar uma gargalhadinha rápida ou então apenas ter o prazer de ver escrito 'Lucas curtiu isso' no status dela, mas mais uma vez eu me controlei. Após uns 20 minutos em silêncio virtual, a menina postou a última frase para fechar com chave de ouro: 'Vai se arrepender de ter me iludido, um dia vai olhar para trás e perceber o que perdeu'... Iludir??? O cara nunca olhou na cara dela, nunca deu nenhuma confiança para ela, nunca nem fez questão da presença dela e agora ela vem dizer que ele a iludiu??? Faz um favor? SE MATA! Fico pra morrer com gente que se distorce os fatos para tentar se fazer de coitadas para outras pessoas.
Outro fato parecido que me deixou muito revoltado foi uma postagem que eu vi na semana passada. A menina se esfrega em todo mundo, não pára com um namorado, já liberou pra Deus e o mundo, mas chega no Facebook, quer compartilhar imagem dizendo: 'Deus está preparando a pessoa certa pra mim'... AAAAAAhhh tá de deboche né?! Se for para ser hipócrita não sejam assim tão na cara de pau né?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Funk vs Rock

Essa historinha de Rock vs Funk já tá velha, e mesmo assim ainda há discussões e brigas em massa por causa desse assunto. É que as vezes as pessoas esquecem a questão do relativismo de cada um para cada um e acabam brigando justamente por isso. O que as pessoas precisam entender é que, ninguém é igual a ninguém! Nem todo mundo tem os mesmos gostos então pra você funkeiro, o funk sempre vai ser melhor que rock, mas para os rockeiros, o funk sempre vai ser a escória da música. E aí? Você vai brigar, armar um barraco só por que alguns não concordam ou não tenham a mesma opinião que você?
Eu, particularmente, amo rock, até por que as letras das músicas (pelo menos da maioria) são muito profundas e nunca gostei de funk, desde pequeno sempre achei as letras e o jeito de dançar vulgar demais, mas nem por isso discrimino e nem xingo ninguém por essa pessoa gostar de funk. Acho que quem faz isso, são pessoas que não tem educação nenhuma, não falo isso apenas para os rockeiros, para os funkeiros também que nos chamam de malucos, esquisitos, e já ouvi até necrófilo (o que não fez e ainda não faz sentido nenhum pra mim...)
Todos têm direito de ouvir o que quiser e também todos tem direito de não ouvir o que não quiser ouvir, esse recado aí é para o pessoal que escuta música sem fone tá?. Se você gosta de determinada música, DANE-SE ninguém é obrigado a ouvir a mesma música que você só por que você gosta música dela.
Então para concluir, eu acho que para terminar essas discussões infantis sobre quem é melhor ou pior o respeito, a educação, a tolerância e o bom senso são fundamentais. É claro que sempre vão haver idiotas que sempre insistirão em brigar por diferenças insignificantes, mas é de cada um de nós que deve partir as boas atitudes.


                            

domingo, 12 de agosto de 2012

Feliz dia dos pais!


Feliz dia dos pais para todos (os pais é lógico)!
Um abração para os pais que são rockeiros, para o que gostam de samba, de funk ou axé
Para os pais que vivem na cidade ou no campo
Para os pais ricos, para os pobres, para os classe média
Para os que são médicos, ou advogados, para os garis, para os que são pedreiros
Um abraço para todos os pais!
Abaixo tem uma homenagem àqueles que não tem mais seus pais, ou àqueles cujos pais estão longe:

                               Carta ao meu pai

Hoje acordei tomado pela lembrança de meu pai,
como já aconteceu milhares de outras vezes,
mas sem que escrevesse sobre isso.
Tanto mais difícil.
É uma carta, que creio de alguma forma vai chegar ao destinatário,
levada pela esperança de poder assim tapar alguns buracos,
corrigir algumas falhas,
dizer algumas coisas que não foram ditas.
Na verdade muito ficou por dizer.
Mas nós dois convivemos o bastante para
entendermos razoavelmente um ao outro.
Por vezes o silêncio foi eloquente:
tanto para sufocar a dor, engolir o choro e aceitar teu olhar severo...
Como para confiar, esfriar os ânimos, aquietar.
Calado, como querias; consenti, sem querer.

Bem mais tarde, há pouco tempo,
vim a descobrir que em grande parte das vezes tinhas razão, pai.
Porque agora sou eu a me enraivecer com
as coisinhas de adolescente que assisto,
pequenas teimosias e atitudes inconsequentes que presencio.
Hoje sei que isso não tem nada a ver com liberdade.
É só chantagem, ou como dizias, má-criação.

Sinto falta das conversas na porta de casa.
Tenho saudade dos finais de tarde,
quando colocavas as cadeiras lá fora e nós ficávamos em volta
– costume que durou até quando ainda tinhas forças.
A vontade de ver a rua se foi ao poucos,
por causa da catarata, não é?
Sei que ficas satisfeito em saber que preservei,
de certa forma, esse costume.

Lembro-me de como gostavas de trabalhar em casa,
nos pequenos canteiros de verduras e legumes no quintal.
É como se ouvisse agora tua queixa:
“Não tenho mais como saber se os tomates estão verdes ou maduros.”

Hoje consigo ver além do que podem meus olhos, pai,
porque enxergo com a sabedoria de quem viveu ao teu lado.
Não sou como tu, absolutamente.
Mas não seria metade do que sou,
se não fosse por tua causa.


Marco Antônio Alves
Belo Horizonte - MG.